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Os Spaceworkers são um conjunto de jovens arquitectos com atelier sediado em Paredes, cidade pertencente à área metropolitana do Porto. O atelier é dirigido pelos arquitectos co-fundadores Henriques Marques e Rui Dinis e possui neste momento três colaboradores: o arquitecto Marco Santos, a arquitecta Marta Silva e o arquitecto Tiago Maciel. Para além disso também a directora financeira, a Drª Carla Duarte é co-fundadora da Spaceworkers. Dependendo da tipologia dos projectos e da sua magnitude, trabalham em conjunto com outros profissionais complementarmente, sobretudo, porque acreditam que a prática arquitectónica deve ser multidisciplinar e incluir outras áreas do saber tais como a Economia, o Design ou o mobiliário.
Criado em 2007 o atelier apresenta já um volume de obras considerável, dos quais se destacam projectos de arquitectura permanente ou efémera, de urbanismo, e Design. Projectos esses, que têm sido de índole privada e residencial, pública, comercial e de design de produto e de interiores.
O grupo pretende abordar uma nova linguagem arquitectónica com uma vontade expressa de crescer e se expandir. Com um cunho marcadamente inovador, os Spaceworkers pretendem imbuir os seus projectos com emoções sensoriais, apelando à sensibilidade dos seus clientes para uma nova forma de encarar o espaço, enquanto instrumento de comunicação, ordenamento e de intervenção com os sentimentos do público.
Acrescentando ao que já foi dito em cima, é de referir o destaque recente que alguns dos seus projectos têm tido nos media do seu sector: a plataforma de arquitectura de referência mundial, Archdaily; a Designboom ou a Dezeen; todas elas se renderam ao seu trabalho de qualidade, ainda que jovem.
Neste artigo iremos debater essencialmente sobre o primeiro projecto dos Spaceworkers que reunimos na nossa plataforma: a casa BE, com projecto datado de 2007. Ocupando uma área quadrada de 800m, trata-se de uma moradia unifamiliar inserida na Urbanização da Pena, Parede, a norte de Portugal.
Espaços interiores fluídos e minimalistas foram pensados para um uso diário mais simplificado e acessível. Esta perspectiva mostra-nos aquilo que parece ser, o andar dedicado aos espaços privados da casa: os quartos e respectivas casas de banho.
Aproximando, veremos em maior detalhe os diversos perfis desta casa. Na imagem ao lado, é possível observar um dos espaços exteriores, correspondente concretamente à piscina e espaços de lazer envolventes. A articulação entre cores e materiais é sensacional, e tal como uma das premissas definidas pelos arquitectos, capaz de despertar emoções sensoriais. O design leve e minimal da arquitectura da casa complementam este elegante ambiente.
A alusão quase esquecida, a uma arquitectura vernacular e a forma como ela se desenvolve a partir de uma ideia clara e simplificada do objecto arquitectónico, é uma característica muito presente e vincada no trabalho dos Spaceworkers. Um exemplo muito claro desta realidade são as estruturas que se relacionam com a agricultura, que pontuam mais ou menos a paisagem rural portuguesa, como elementos efémeros que se desenvolvem no território. Essa ideia de leveza gravitacional
, fascina os arquitectos que nela se decidiram inspirar para a concepção deste projecto.
Resumidamente, o ele apresenta-se como uma tripartição de acordo com os elementos vernaculares, no qual a base estrutural de toda a obra é um estático e megalítico monobloco, no qual estão implantados os serviços da casa. O piso superior a este está reservado aos espaços privados da casa, os quartos.
Iremos reflectir futuramente sobre outros projectos do grupo, caso tenha ficado interessado em conhecer o trabalho destes jovens arquitectos em maior profundidade. Entretanto caso a sua curiosidade seja aguda, aconselhamos a visita ao site oficial dos arquitectos.
