A casa da Árvore – a sustentabilidade num edifício de 1905

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S82 ein modernes Baumhaus, rundzwei Architekten rundzwei Architekten
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A viajar pela Europa Central, a homify 360º de hoje irá apresentar-lhe a intervenção num edifício cuja origem data o ano de 1905. Trata-se de um edifício de habitação localizado na periferia de Berlim: uma zona histórica onde é necessário um extremo cuidado perante a reabilitação e nova intervenção nos edifícios. Aqui, já que foi necessário um extremo cuidado para manter a fachada da rua com a mesma linguagem que a mesma possuía antigamente, os Rundzwei Architekten focaram a sua moderna interpretação deste edifício nas traseiras do edifício criando uma nova forma de habitar o jardim e de trazer a natureza para dentro das paredes desta casa. 

A fachada virada para a rua antes da intervenção

Como já foi referido no início deste artigo, a intervenção neste edifício histórico necessitou de um extremo cuidado perante a intervenção na fachada virada para a rua onde o principal objectivo seria preservar a sua aparência. 

Após a intervenção, a história permanece

Ainda assim e tendo em conta que a nova intervenção visava inserir um apartamento adicional com 4 a 5 quartos que fizesse parte daquilo que anteriormente seria o sótão desta casa foram obviamente necessárias alterações. Com isto, estendeu-se o telhado desta casa, aumentando o edifício em altura e recuperando a imagem originária do mesmo, antes do incêndio que aqui ocorreu.

A fachada virada para o jardim antes da intervenção

Já na fachada virada para o jardim é claramente notória a interpretação moderna proposta pelos arquitectos. Para além da recuperação da forma que o edifício assumia anteriormente, o conceito centra-se na árvore centenária localizada no jardim. 

Os reflexos da natureza

Aqui, um enorme envidraçado definido por um telhado em mansarda abraçam este jardim transportando-o para o interior da casa. Este vão, para além de dar forma à sala de estar, tem um enorme impacto nas restantes áreas da casa.

O primeiro piso

Já no interior do edifício e focando-nos no novo apartamento acrescentado, o conceito principal baseia-se na criação de uma barra funcional — um motor central que abriga a cozinha, casas de banho, despensa e quartos de hóspedes que em conjunto com a forma do telhado cria espaços singulares. 

O segundo piso

Aqui cada espaço assume uma diferente forma devido às inclinações do telhado e a altura dos espaços que pode variar até um pé direito de 6m sem a necessidade de pilares ou outros elementos de suporte.

Quando o exterior se funde com o interior

sala de estar é definida por um dos elementos principais nesta nova intervenção — o envidraçado virado para o jardim. Aqui, para além do interior se fundir com o exterior devido ao vão aqui projectado, esta interpretação é também visível nos restantes elementos de revestimento.

Um dos elementos principais que dá vida a este espaço e o torna tão único é o caixilho e a forma como este é projectado nesta fachada. Para além de ser em madeira, foi colocado estrategicamente de forma a que os barrotes horizontais se encontrem desalinhados, produzindo deste modo sombras que recriem as sombras produzidas pelos ramos da árvore.

Um jogo de luz e sombra

cozinha também tem um contacto visual directo com o jardim. Aqui, o branco utilizado no mobiliário fixo que a define não assume qualquer protagonismo deixando a natureza assumir este papel principal. Mais do que o calor transmitido através da madeira maciça que define as bancadas e reveste o chão, as sombras projectadas pelo exterior definem este espaço, tornando-o único. 

Nesta casa, mesmo quem não gosta de passar muito tempo na cozinha, iria rapidamente mudar de ideias.

O elemento de transição entre pisos

O primeiro piso que funciona como um open space onde a cozinha, sala de jantar e sala de estar se fundem num espaço único, encaminha-nos para o segundo piso, de carácter mais privado. Através da escada situada já  neste motor central e que de certo modo faz parte da sala de estar, encaminha-nos para essa área mais privada, enquanto que é definida por uma série de vãos que, ao estarem posicionados em duas das fachadas e a alturas e inclinações diferentes, produzem um jogo de luz incrível.

Um jardim emoldurado

Neste segundo piso, e de forma a introduzir a luz natural nos espaços, foram criados vãos interiores que, ao estarem estrategicamente posicionados, possibilitam o olhar sobre o jardim e sobre a árvore centenária aí localizada.

O jogo entre formas e texturas

Na fachada virada para a rua foi integrada de uma forma discreta uma pequena janela de empena. 

Mais uma vez, nos quartos tal como nos restantes espaços da casa, é visível a preocupação em dar principal destaque à madeira. Por entre a forma e dimensão dos vãos ou inclinação das paredes, é o tom quente da madeira que assume todo o protagonismo e torna este espaço extremamente acolhedor.

Mais do que um projecto belo, um projecto sustentável

Este projecto, para além de assumir uma clara preocupação em trazer a natureza para dentro do edifício e para além da preocupação da preservação dos elementos históricos aqui presentes, tem uma outra particularidade: utiliza materiais 100% naturais. Aqui, para além da estrutura do edifício ser em madeira, a madeira utilizada nos caixilhos e pavimento têm um acabamento em óleo e, mais do que isso, neste projecto não foram utilizados quaisquer químicos ou colas. 

Sem dúvida, um excelente exemplo para quem encara a sustentabilidade não apenas como uma moda, mas como estilo de vida!

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